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01/08/2010 | Inovação e Segurança

 

Muros de vidro são opção para segurança em edifícios de Londrina.


Material serve para evitar que ladrões possam observar de fora o que existe do outro lado. Vidro também é de fácil e rápida instalação.

Antes visto como tendência de apelo visual nas construções, o vidro começa a ganhar espaço também como opção de segurança em casas, prédios, clínicas e empresas de Londrina. Na maioria dos casos, o vidro está substituindo os muros de alvenaria e grades, que sempre remetem ao enclausuramento, situação comum em grandes cidades. Além de aumentar a visibilidade para porteiros e seguranças, a utilização do vidro como muro, também serve para evitar que ladrões possam observar de fora o que existe do outro lado.

Obra atrai por ser rápida e silenciosa


Em uma de suas últimas plantas assinadas, na reforma de uma clínica próxima ao Lago Igapó 1 (região central), o arquiteto Marcos Pelisson adotou o vidro no lugar do muro comum. É um local, segundo ele, onde o trabalho não pode parar, por isso a instalação de vidro favorece, pois é mais rápida e até menos barulhenta, por exemplo.

“Esse detalhe, de não interromper o trabalho dos profissionais, foi o que fez o vidro virar opção para o muro da clínica. Podemos encomendar o vidro, que vem pronto para colocação e instalação, diminuído o tempo de serviço também”, explicou.
Aspecto é de liberdade e de limpeza.


Na entrada do Edifício Santos, a luz solar invade o espaço, dando aspecto de liberdade e limpeza. “As construtoras estão procurando agregar facilidade na manutenção e economia com iluminação, pois a luz externa transpassa o vidro”, diz o síndico e imobiliarista Bruno Cesar Pelizon. Segundo o arquiteto Marcos Pelisson, as estatísticas policiais já apontam que os imóveis com muros de vidro são os menos invadidos por ladrões, mais um argumento na hora de convencer os clientes a optarem pela instalação do artefato no lugar da alvenaria. “O vidro transmite segurança, tanto na guarita para quem trabalha, quanto para quem está do lado de dentro do imóvel, além de ser uma tendência do mercado imobiliário”, diz o imobiliarista Bruno Cesar Pelizon, 30 anos, que também é síndico no edifício Santos ,1.250, na Rua Santos (centro). O edifício dispõe de fachada e muros de vidro.


No mesmo endereço, o porteiro Silvio Hipólito, 32 anos, mostra como de dentro da guarita é possível ver o que ocorre do lado de fora e o trânsito das pessoas na calçada. Tendo trabalhado em outros edifícios, Hipólito relata que no atual local não existe mais o ponto cego, que impedia a visibilidade pelo lado de fora. “Até mesmo as grades possuem o ponto cego, mas o vidro não tem esse problema e conseguimos enxergar tudo o que se passa do lado de fora.”


Segundo Edcesar Souza Lima, 39 anos, dono de uma empresa de sistemas de segurança na Avenida São João (região leste), o vidro permite “ver além de ser visto”, e o setor de segurança aposta no artefato como opção para edificações e também fachadas de empresas. O principal aspecto para a troca do muro de alvenaria pelo de vidro ainda é o estético, mas muitas empresas, como a de Lima, estão adotando o material como forma de demonstrar que é possível agregar segurança e visibilidade num mesmo formato arquitetônico. “A visibilidade é ótima de dentro para fora e quem passa pode ver a empresa, que trabalha com segurança e procura demonstrar que é possível unir os dois aspectos.”


Os moradores dos edifícios que adotaram o vidro na construção de muros lembram que o aspecto de liberdade é que mais convence as pessoas para optar pela compra de um imóvel com essas características. O agricultor Augusto Alves Neto, 59 anos, conta que tem outro imóvel no centro de Londrina, mas alugou um apartamento no edifício Santos e logo trocou de moradia. “O bom do vidro é que a gente não se sente preso, fechado. Tem o aspecto de liberdade também, muito bom para nós, moradores”, comentou, acrescentando que a ideia é ótima e deveria ser adotada por mais arquitetos na construção de condomínios e edifícios em Londrina.


Iluminação e economia


Segundo Edcesar Souza Lima, profissional de segurança, ao contrário do que muitos possam imaginar, o vidro permite que sejam instalados os mais diversos equipamentos anti-furto, como câmeras, sensores de movimento e alarmes. “Além das empresas, muitas lojas também optam pelo vidro, onde podemos instalar sensores infravermelhos, diversos tipos de alarmes e monitoramento.”
Fragilidade do material ainda é preocupação.


Relativamente nova, a opção da troca de alvenaria por vidro em fachadas e muros para edifícios e empresas ainda encontra certo receio entre os compradores e investidores. Alguns ligam o transparente vidro à fragilidade, mas aos poucos essa resistência está sendo vencida na hora de se adquirir ou construir um imóvel.


Segundo o arquiteto Marcos Pelisson, o ser humano e a arquitetura são aliados no conservadorismo quando se trata de modificações. “As pessoas pensavam que o vidro era frágil e que não agregava segurança ao imóvel. Tem, sim, uma certa resistência, mas o quadro está mudando e o vidro vem ganhando cada vez mais espaço nas construções atuais”, disse o arquiteto Artage.


Fonte: Gazeta do Povo – Jornal de Londrina


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